🔓 Filho da noite

Para o poeta Geraldo Carneiro, o livro parece cultivar “a desordem de Clarice e a liberdade linguística de Guimarães Rosa”
Filho da noite
Antonio Calloni
Valentina
136 págs.
01/07/2020

Mais de duas dĂ©cadas apĂłs lançar seu primeiro livro, Os infantes de dezembro (poesia, 2000), o ator e escritor paulistano Antonio Calloni publicou neste ano o romance Filho da noite. A ideia da obra, no entanto, surgiu na dĂ©cada de 1990 e começou a ser realizada em 2013 — um longo processo de criação que espelha a complexidade da trama divida em duas partes, labirĂ­ntica, que vai do terror psicolĂłgico ao surrealismo. Para dar conta de uma variada gama de gĂŞneros e sensações, a questĂŁo central Ă© a vida — ou como cada um de nĂłs a inventa. Já na primeira linha, uma dica do tom onĂ­rico que perpassa o trabalho: “… É possĂ­vel”. Ao iniciar o texto com reticĂŞncias e uma palavra tĂŁo vasta quanto “possĂ­vel”, surge a abertura para navegar por águas profundas, inclusive as do impossĂ­vel, por meio da histĂłria de Agenor, que perdeu filho e esposa, e do investigador Antonio, na segunda parte, que tenta tomar as rĂ©deas da narrativa. Para o poeta Geraldo Carneiro, o livro parece cultivar “a desordem de Clarice e a liberdade linguĂ­stica de GuimarĂŁes Rosa”.

Rascunho

O Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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